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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Mais dicas...( é possível a criança aprender brincando)

Os pesquisadores do brincar consideram que este mobiliza múltiplas aprendizagens, sendo indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Na brincadeira, a criança cria outros mundos e se comporta além do habitual e cotidiano. A criança vivencia-se no brinquedo como se ela fosse maior do que é na realidade. (VYGOSTKY, 1987, p.117)

Maluf (2003, p.21) afirma que: “Quando brincamos exercitamos nossas potencialidades, provocamos o funcionamento do pensamento, adquirimos conhecimentos e estresse ou medo, desenvolvemos a sociabilidade, cultivamos a sensibilidade, nos desenvolvemos intelectualmente, socialmente emocionalmente.”
Segundo Kishimoto (1999), o desenvolvimento da criança deve ser entendido como um processo global, pois quando corre, pula, ela desenvolve sua motricidade e, paralelamente, é um desenvolvimento social, pois brinca com parceiros, obedece as regras, recebe informações e estabelece relações cognitivas, tornando-se assim, um ser humano inteiro.
Constatou-se, nesses estudos, que as brincadeiras são fonte do desenvolvimento cognitivo e, também, uma forma de autoexpressão, pois as crianças descobrem suas sensibilidades, habilidades, visualizam suas funções e responsabilidades, aprendem a dividir tarefas com o outro, desenvolvendo, assim,  colaboração.
Através das brincadeiras, as crianças se apropriam do mundo a sua volta, construindo a  sua própria realidade, dando-lhe   um significado.
Na teoria que embasa o brincar há muito conflito sobre o significado das palavras:  brinquedo, brincadeira e jogo.
Maluf (2003) pondera que: “O brinquedo não é apenas um objeto que a criança usa para se divertir e ocupar o seu tempo, mas é um objeto capaz de ensinar e de  torná-la feliz ao mesmo tempo.”
O brinquedo é um importante artefato cultural que gera aprendizagens. Ao se utilizar brinquedos de várias formas e diferentes tamanhos, a criança tem a oportunidade de conhecer a sua cultura e trabalhar semelhanças e diferenças, enfim, abstrair, classificar e simbolizar.
Em relação à brincadeira, Vygotsky (1991, p.35) afirma que:
É uma atividade humana criadora, na qual a imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ações pelas crianças, assim, como de novas formas de construir relações sociais com os outros sujeitos, crianças e adultos.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.13) ressalta que: A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adultos, no âmbito de diversos grupos sociais. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de contribuição infantil.
 Piaget classifica o jogo infantil em três categorias: De exercício: caracteriza se pela repetição de uma ação pelo prazer que ela proporciona e é uma das primeiras atividades lúdicas do bebê; Simbólico: envolve o faz-de-conta, a representação; De regras: é o que exige que os participantes cumpram normas e passem a considerar outros fatores que influenciam no resultado como, atenção, concentração, raciocínio e sorte.
Em seus estudos sobre jogos, Vygostky (1896- 1934) deu ênfase aos jogos de representação. Ele considera que: “Não existe brincadeira sem regras, partindo do princípio de que os pequenos se envolvem nas atividades de faz-de-conta para tentar entender o mundo em que vivem, para isso usam a imaginação.”
Sendo assim, os estudos de Piaget e Vygostky levam a refletir sobre o significado do jogo simbólico e do brinquedo na infância. O lúdico propicia à criança o desenvolvimento das estruturas cognitivas, a construção de personalidade, o intercâmbio do cognitivo com o afetivo, o avanço nas relações interpessoais, nas interações e no conhecimento lógico matemático, a representação do mundo e o desenvolvimento da linguagem.
pedagogiadavirtualidade.wordpress.com













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